Recentemente, ao ler algumas trocas de mensagens em um grupo no Facebook sobre a questão do Espiritismo ser ou não considerado uma religião, lembrei-me do tempo de mocidade. Aos vinte anos de idade, recém-apresentado ao Espiritismo, apreciava e participava ativamente de debates nos quais se discutiam conceitos e posições doutrinárias que geravam interpretações muitas vezes diversas. Não raramente eram debates infindáveis, sem vencedores. Achava-os interessante pelo duelo intelectual, pelo confronto que exercitava a habilidade argumentativa e estimulava o aprofundamento do estudo e da pesquisa. As longas discussões, aliadas à impulsividade e à competitividade típica da juventude, foram úteis ao amadurecimento doutrinário.
Vinte e cinco anos depois, continuo com a
satisfação de participar de conversas sobre questões doutrinárias, mas com uma
diferença importante: não prolongo o assunto com quem ainda se encontra na fase
do debate imaturo, no qual o interlocutor busca a todo custo convencer o outro (talvez para convencer a si mesmo).
Olhando para trás, suspeito que a atração pelo
debate não repousava somente no desejo do duelo, mas também era uma forma de
testar os próprios limites. E o comportamento imaturo não depende de idade
cronológica, pois vejo senhores já muito próximos do retorno ao plano espiritual
ainda presos na necessidade do debate infrutífero.
Certamente cabe aos espíritas sinceros e devotados o
zelo pela coerência doutrinária, portanto é fundamental a contínua e respeitosa
troca de ideias e esclarecimentos fundamentados nos princípios e valores que
abraçamos. Bem dizia Kardec que o Espiritismo pode ser compreendido por pessoas
de todas as idades, bastando ter maturidade para tanto.
E somente para concluir: minha religião é a
espírita.
Muita Paz!
Marco Milani
Grande Marco Milani, meu mestre ,com quem muito aprendi a respeito do Espiritismo....abs....Thomaz Beltrão.
ResponderExcluirMeu amigo Thomaz, satisfação receber o seu contato. Grande abraço. Marco
ExcluirO debate em sua forma mais pura, está relacionado nas convicções que abraçamos como verdade ,mesmo estando enganados, debatemos para extrair a verdade que nos esclarece.
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