Esquema genérico para a identificação de livros espíritas e pseudoespíritas. É essencial o conhecimento dos princípios e valores doutrinários contidos no corpo teórico do Espiritismo, apresentados por Allan Kardec, para se conseguir caracterizar os livros.
Livros espíritas são plenamente coerentes com o
corpo teórico espírita. Livros pseudoespíritas contêm divergências doutrinárias
misturadas com alguns elementos coerentes.
Da mesma maneira que é ilógico se aceitar, ao
mesmo tempo, o geocentrismo (a Terra como o centro do universo) e o
heliocentrismo (Sol é o centro do sistema onde gravita a Terra), também o é com
relação aos princípios e valores espíritas.
Por exemplo: os espíritos não retroagem em seu
processo evolutivo, portanto um Espírito que animou o corpo de um homem nunca
reencarnará em corpo de um animal irracional (LE 613). Qualquer livro em que se
afirme que a metempsicose é possível (reencarnação de homens em corpos de
animais) ou que o espírito "involuiu" não é, portanto, um livro
espírita. Essa distinção é essencial para não se confundir qualquer livro
espiritualista como se fosse espírita.
Toda obra que auxilia o ser humano a se
melhorar moral e intelectualmente é bem-vinda. Entretanto, um problema lógico
ocorre quando se procura aceitar como válidos argumentos e propostas
contraditórias. Quem supõe que "tudo é válido" não tem, na verdade,
coerência, pois princípios antagônicos e contraditórios não podem ser aceitos
simultaneamente. A mistura de argumentos gera confusão conceitual. Que cada um escolha o que melhor lhe aprouver,
mas não cometa o erro de considerar iguais e válidos princípios contraditórios.
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