MÃE
Procurei
ansiosamente um símbolo do amor de Deus no mundo,
Carinho
permanente, amor que nada mais pedisse à vida,
A
fim de estar contente, que o dom de ser amor sublimado e profundo.
Vi o
Sol trabalhando sem cansaço
Doando-se
sem pausa, alto e bendito,
O
astro imenso, porém, pedia espaço,
De
maneira a brilhar nas telas do Infinito.
Julguei
achar na fonte esse traço perfeito,
Fitando-lhe
a corrente a servir sem parar,
Mas
a fonte exigia a hospedagem do leito
A
fim de prosseguir à procura do mar.
Fui
à árvore amiga e anotei-lhe a lição:
Conquanto
a se entregar tanto aos bons quanto aos brutos,
Precisava
defesa e vínculos no chão
Ao
fornecer, sem paga, a riqueza dos frutos.
Vi a
abelha no favo a pedir mel às flores,
Nuvens
para servir solicitando alturas,
Escolas
sem função buscando professores
E o
lar para ser lar exigindo estruturas.
Toda
força do bem que ao bem se entregue
Em
bondade constante e em contínua grandeza,
Assegura-se,
vive, auxilia e prossegue,
Algo
requisitando ao Mundo e à Natureza,
Em
ti, unicamente, Mãe querida,
Encontro
o amor que nasce e cresce, em suma,
No
sacrifício puro, acalentando a vida,
Sem
reclamar da Terra cousa alguma.
Eis
porque sobre todo amor que existe
As
Mães são guias, anjos, cirineus,
Cujo
brilho por si nos protege e persiste
Em
ser somente amor, no excelso amor de Deus.
Estrela,
Deus te guarde em teu fulgor celeste!...
Agradeço-te
a luz, o carinho e o perdão...
Bendita
sejas, Mãe, porque me deste
A
presença de Deus no coração.
Quero
dizer-te, em minha gratidão,
Que
és o amor sempre amor, em minha vida,
E a
própria vida de meu coração.
Mensagem do Espírito Maria Dolores recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 25 de março de 1978, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG
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