sábado, 10 de maio de 2014

Homenagem ao Dia das Mães


MÃE

Procurei ansiosamente um símbolo do amor de Deus no mundo,
Carinho permanente, amor que nada mais pedisse à vida,
A fim de estar contente, que o dom de ser amor sublimado e profundo.

Vi o Sol trabalhando sem cansaço
Doando-se sem pausa, alto e bendito,
O astro imenso, porém, pedia espaço,
De maneira a brilhar nas telas do Infinito.

Julguei achar na fonte esse traço perfeito,
Fitando-lhe a corrente a servir sem parar,
Mas a fonte exigia a hospedagem do leito
A fim de prosseguir à procura do mar.

Fui à árvore amiga e anotei-lhe a lição:
Conquanto a se entregar tanto aos bons quanto aos brutos,
Precisava defesa e vínculos no chão
Ao fornecer, sem paga, a riqueza dos frutos.

Vi a abelha no favo a pedir mel às flores,
Nuvens para servir solicitando alturas,
Escolas sem função buscando professores
E o lar para ser lar exigindo estruturas.

Toda força do bem que ao bem se entregue
Em bondade constante e em contínua grandeza,
Assegura-se, vive, auxilia e prossegue,
Algo requisitando ao Mundo e à Natureza,

Em ti, unicamente, Mãe querida,
Encontro o amor que nasce e cresce, em suma,
No sacrifício puro, acalentando a vida,
Sem reclamar da Terra cousa alguma.

Eis porque sobre todo amor que existe
As Mães são guias, anjos, cirineus,
Cujo brilho por si nos protege e persiste
Em ser somente amor, no excelso amor de Deus.

Estrela, Deus te guarde em teu fulgor celeste!...
Agradeço-te a luz, o carinho e o perdão...
Bendita sejas, Mãe, porque me deste
A presença de Deus no coração.

Quero dizer-te, em minha gratidão,
Que és o amor sempre amor, em minha vida,
E a própria vida de meu coração.


Mensagem do Espírito Maria Dolores recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 25 de março de 1978, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG




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