quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Dignidade: O caso de um garoto chinês que doou seus órgãos


Médicos se curvam em reverência à vítima de câncer que doou seus órgãos "para ser um grande garoto”

The Huffington Post | Por Carly Ledbette

O desejo de um garoto de 11 anos de idade de dar o dom da vida a outros se tornou realidade no último dia de sua própria vida. A fotografia acima mostra os médicos curvando-se à Liang Yaoyi, um talentoso estudante de Shenzhen, China, que morreu de um tumor no cérebro em junho/14. Sua mãe pode ser vista chorando ao fundo.
O jornal Shanghai Daily relata que Liang foi diagnosticado com o tumor aos 9 anos de idade, logo depois que ele se mudou para Shenzhen com seu irmão e sua irmã para frequentar a escola primária. Um dia, Liang sentiu-se com tonturas e no dia seguinte tinha dificuldade para andar, então sua irmã o levou para um hospital onde ele soube que ele tinha um tumor no cérebro.
Antes de falecer em 6 de junho, Liang disse à sua mãe, Li Qun, que queria doar seus órgãos.
"Há muitas pessoas fazendo grandes coisas no mundo", disse ele de acordo com o jornal China Daily. "Eles são ótimos e eu quero ser um grande garoto também."
A CCTV News informou que Liang também disse que era uma oportunidade para ele estar “vivo de uma outra maneira."
A professora de Liang disse que ele pode ter aprendido sobre a doação de órgãos pela leitura de estórias em um livro escolar. A mãe de Liang cumpriu os seus desejos e os médicos foram capazes de salvar seus rins e fígado para doação, de acordo com o China Daily.
A imagem criou uma tempestade nos meios de comunicação chineses e no website Reddit, onde os usuários comentaram sobre a beleza da fotografia, a força de Liang e da importância da doação de órgãos.
Se você gostaria de saber mais sobre como você pode se tornar um doador de órgãos, contate a Donate Life (no Brasil, associações como a ABTO - Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).
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Como o Espiritismo encara os transplantes de órgãos?

O assunto não foi, evidentemente, tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge Andréa, no seu livro Psicologia Espírita, págs. 42 e 43, examinando o tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que, nas condições atuais da vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser utilizados.

“A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.

Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.

Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.

Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?

É claro que todos podemos. A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador.

O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.

Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família.

A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.

Indagaram a Chico Xavier: “Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?”.

Respondeu o bondoso médium mineiro (“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):

“Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.

No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará”.

Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus.

(O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)

Do site “O Consolador” - Estudos Espíritas 
Fonte: http://espiritananet.blogspot.com.br/2009/09/doacao-de-orgaos.html

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